Aqueles quatro ou cinco meses de pura fadiga, em que se acreditava não haver esperança para que certas obrigações fossem cumpridas, em meio a riscos, rabiscos, muita borracha utilizada ao fim... os dedos calejam em pressionar aquele material repleto de letrinhas donde suas idéias, palavras e teses são reproduzidas. Os olhos lacrimejam por permanecerem visualizando nada mais que textos. Aquela luz irradiante não vem do sol, pois se fosse remeteria à imagem do mar e assim, resplandeceria de tranquilidade!
Noites, e dias passam numa velocidade inalcansável, mas os desejos continuam presentes, porém projetados para o futuro.
Há muito não se pratica um esporte, ou outra atividade neste fim, apenas malham os dedos, nervosos de baterem no mesmos sentido, e a mente. Quantas saudades das noites perdidas, daquelas bebidas que os anos não trazem mais...
Agoram são prazos que fazem o tempo encurtar, o qual não é mais tão aliado. A solidão apertou, porque a vontade de estar entre aqueles que ama, reciprocamente, era maior, e só assim aquelas conversas proibidas, a falta de tato seriam finalmente expostas à mesa e retiradas do baú.
Nem aqui nem acolá, nem quilômetros a mais nem a menos serão capazes de transformar algo que se carrega lá no fundo, sem cor, som ou cheiro, maior nem menor, mas a presença é impertinente, mente e corpo em sintonia.
Mais quatro ou cinco meses pela frente.
Cathy
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