domingo, 28 de fevereiro de 2010

Casa de vidro

A bonequinha de louça vive na casa de vidro.
Poderia ser de pano.
Poderia ser de plástico,
Outrora um simples rabisco.
Mas, é de louça; quebradiço.
Por tantas vezes caiu
Por tantas vezes chorou e não se levantou.
Remendo, conserto, cola, configurou-se.
Nunca mais foi aquela que esteve à venda na prateleira.
A bonequinha de louça vive na casa de vidro.
E por ser de vidro é penetrável, clara, insípida
Transparente a quem quiser ver suas rachaduras e disfunções através do espelho.
A casa é vazia, não tem alegorias.
Nem de carnaval...
Não se comemora a páscoa, são joão, e sem sentimentos no natal.
É silenciosa, espaçosa, sem visitas, sem amigos.
É solitária, sozinha no mundo de quem a criou.
Mesmo quando morava na loja rodeada de pelúcias e barbies não era diferente de como se encontra na casa de vidro.
É, não foi a poeira, o esquecimento, o lugar no alto, nem o manuseio.
Foi desde o começo, do planejamento e da primeira costura... de louça... frágil.
Porém é linda e seu riso ilumina o mundo, estampado, pintado, basta que se desvende o seu manual.

Cau

O colorido da vida

O mar, areia, cachoeira, dia, banho;
Biscoito passatempo, empada, salada, brigadeiro, peixe;
Vodka, cerveja, uísque, água de coco;
Chico Buarque, Djavan, rock internacional, som alto;
Churrasco, piscina, pagode, casa cheia;
Pôr do sol, ponto turístico, mãos dadas, fotografar, brisa;
Agitação, boate, forró, funk, balada;
Queijo, vinho, dormir abraçadinho, namoro;
Abraço, carinho, sonhar acordado, borboletas no estômago;
Adorável, homens altos, educação, carro novo, vizinhança;
Falar, conversar, telefone, conselhos;
Rir alto, reencontrar, negresco com creme de leite, cotidiano;
Companheirismo, lealdade, confiança, orla, lanchar no shopping, amizade;
Avião, altura, a barca, escuro, morte, sozinho;
Viajar, parque de diversões, emoção, mérito, dirigir, amar;
ser feliz + amigos + amor = não tem preço!

Cau