Tempo gostoso esse?! Nessa fase eu ainda não me cobrava tanto. Não pensava em comer livros e livros, fazer cursos e mais cursos. Hoje, vivo em constante conflito comigo mesma. Quero me superar a cada novo dia. Isso é o essencial, mas não em excesso. Acho que ainda não aprendi a perder. Cada pequeno deslize meu se torna em uma grande cobrança pra mim. Ensinaram-me a ser sempre uma excelente aluna, mas esqueceram de me ensinar que também sou um ser humano plausível de falhas. Que posso me esforçar muito e tirar um simples sete. Meus amigos devem está rindo agora, pois sabem da minha dificuldade em lhe dá com isso. A minha sede insaciável pela vitória me consome que já perdi um pouco do meu lado criança. Esse que me equilibrava e não deixava levar a vida tão a sério. Acho que incorporei demais nosso sistema econômico que mede tudo por desempenho.
Espero que a minha criação, nem o mundo capitalista me tire o pouco de criança que ainda resta em mim. Quero me sentir livre para sair pela rua e ser a maior pateta com meus amigos. Alguns já suportaram meus gritos em dias hiperativos, minha empolgação de procurar qualquer festa infantil para levar minha sobrinha...só não sei quem se divertia mais, né Bú? E qual o mal nisso? É medo de ser ridículo? Quero mesmo brincar no parque, comer algodão doce, passar a tarde na playland, ir ao circo e dá boas gargalhadas como uma criança. Não tem nada mais lindo que a ingenuidade e simplicidade de uma criança. Com elas é ou não é, não tem meio termo. Elas sabem ser feliz. E nos achamos que ser adultos é ser totalmente sério, responsável e chato. O verdadeiro ridículo é quem deixa perder a criança que há dentro de nós. Quero resgatar mais fortemente a minha e aprender a lidar com o mundo de forma mais simples. Aceitando minhas derrotas e lutando por vitórias de forma determinada, mas não massacrante.
By: Mandinha
Um comentário:
Muito interessante o que você escreve, demonstra muita maturidade para nossa idade.
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