Saudade...

Pegando um gancho no tema saudade tenho que dizer que é muito presente em minha vida. Esta vida de estudante que tem que sair de casa cedo, ou melhor antes do tempo previsto! É que nós sempre nos sentimos preparados para tudo até sentir onde o sapato está apertando, risos. O desejo de "caminhar com os próprios pés", fazer nossas escolhas e buscar pelo que almejamos é que nos dá coragem para enfrentar o mundo, dá as caras mesmo para tudo o que vier... e assim a gente vai morar longe quando ainda somos nem criança e nem adulto, (que difícil isso, né?) depois quando já somos mais maduramos damos até algumas rizadas de como tudo aconteceu! Mas a verdade é que sinto muitas saudades. Da minha família, claro, peça fundamental na minha vida (quem mais me ama e se orgulha de mim) e da outra parte da família que não é de sangue, mas é de coração... os amigos! Os verdadeiros, estes estão há uma certa distância, afinal como eu falei daquela história de ser estudante nos separamos, mas uma separação superficial, sem advogado, audiências, etc... são só alguns quilômetros.

As vezes chego a sentir o cheiro da minha casa, sinto falta do café da manhã na casa da minha vó, e o mais inusitado é que nesses últimos dias me deu um aperto no coração de tanta saudade, comento... a saudade é tão grande que nem cabe em mim!!!! Moro num lugar quente, só que com o aquecimento global até aqui fez frio nestes´dias e aí lembrei da minha casa, minha cidade que no inverno faz frio... nossa, muitas saudades!

Saudade é a solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto da noite na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O Maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
(Pablo Neruda)