quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Teu beijo, mil sensações


Um olhar, uma aproximação, um desejo, uma ficção, uma desculpa, uma determinação, enfim, o beijo. Seria impossível resistir ao seu toque, ao seu doce olhar e a tua boca que clamava pelos meus lábios. E pra que resistir? Nesse momento meus lábios já molhava os seus desertos e por entre línguas ía tentando preencher suas mais diversas lacunas. Sentia lentamente a maciez, a textura e o sabor de deslizar seus lábios sobre os meus. Ia te confortando a cada delicado toque e pouco a pouco desfrutava o misterioso labirinto que era entrar em sua vida. Havia público? Só conseguia enxergar você! O tempo corria, mas encontrávamos sentados a mercê das múltiplas sensações do nosso beijo. Nossos lábios não se largavam e nosso corpo tinha uma expressão insasiável. Os minutos iam passando e o desejo de explorar cada território desconhecido dos meandros do seu corpo me tomava conta. Aos poucos ia te sentindo e te querendo cada vez mais. Os leves toques tornavam-se precisos e firmes. Degustava cada região dos teus lábios, mas agora de forma voraz, como jamais quissesse te deixar. A essa altura, já não conseguia apenas te beijar. Novos caminhos ia percorrendo. Meus dedos, neste momento, já descobria seu pescoço e subia suavemente prendendo entre os dedos teus cabelos negros até a ponto de ter sua cabeça sobre meu controle, meu domínio. A recíproca também era verdadeira e teus hormônios tornava-o inquieto. Se conter já não era possível. Suas mãos passavam a percorrer minhas costas, desciam se apoiando em minha cintura e tinha até o atrevimento de brincar com o elástico de uma peça íntima. A sintonia era crescente e já me encontrava fazendo travessuras com seus lábios atráves de leves mordidinhas. Entrava no seu jogo. Estávamos possuídos de desejos, nossos corpos almejam se fundir. Aquele infindável beijo não tinha hora para acabar. De repente, algumas vozes são ouvidas: "Rapaz, você vai cair da cadeira!" Luzes se ascendem, público era notado e no incosciente ficou apenas a vontade de estar só eu e você. Após o susto, o clima se quebrou e Freud abandonou o casal, afinal, já era hora de ir pra casa.
"Teus lábios são labirintos, que atraem meus instintos mais sacanas..."
Mandinha

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau!!!!
sem palavras, conheço a sua inspiração para escrever textos como estes :)
vamos publicar uhuhuhprabled